quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Fiscais agropecuários federais entram em greve em todo o país

Categoria reivindica melhores condições de trabalho e pede exoneração de secretário


A quinta-feira, dia 29, foi marcada por manifestações dos fiscais agropecuários federais por todo o país. Apenas os profissionais do aeroporto de Viracopos, em São Paulo, e do Porto de Paranaguá, no Paraná, não aderiram à paralisação da categoria. Os fiscais pedem melhores condições de trabalho e exigem a imediata exoneração do novo secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo.
Antonio Cruz, Agência Brasil
Em São Paulo cerca de 50 fiscais promoveram um protesto na Avenida Paulista e distribuíram folhetos e bananas a quem passava. A ação teve como objetivo chamar a atenção para as reivindicações da categoria, que reclama das indicações com teor político para o quadro social do Ministério da Agricultura.

– Estas indicações de cargo por pessoas que não são da área... um advogado, hoje, assumir a Secretaria de Defesa Agropecuária, ele não tem nenhum conhecimento disto. É a secretaria mais importante que nós temos dentro do Ministério da Agricultura, que responde pelo agronegócio, a segurança alimentar – pontua Ronaldo Carvalho, secretário geral da delegacia regional de São Paulo.

Outra reivindicação é a realização de concurso público. O Brasil tem hoje 3.884 fiscais agropecuários.

– Nós estamos aí com falta de concurso público também. Trabalhando, cada fiscal fazendo função de dez. Com número de aposentadorias muito grande, e sem reposição. O que precisa é concurso público, e já, imediatamente. Nós precisamos de no mínimo 6 mil fiscais para compor nosso quadro para dar atendimento ao Brasil, em nível nacional e internacional, porque nós trabalhamos com segurança alimentar – justifica Carvalho.

A alternativa dada pelo governo desagradou a categoria. O Ministério da Agricultura contratou por R$ 5,5 milhões o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial (Idecan) para realização do concurso público. Além de questionar a escolha, os fiscais exigem a criação de uma escola de formação para fiscais agropecuários.

– Já tem uma portaria nesse sentido, a 376, e foi revogada pelo secretário executivo, então nós estamos a zero nisto aí. E é importante nós termos uma escola, porque ali mostra para o fiscal o que ele vai ter na vida profissional dele, eticamente e moralmente. A pessoa entra lá e sabe como vai lidar – diz Ronaldo Carvalho.

Desde o dia 16 os fiscais estavam numa paralisação de ocupação que nesta quinta passou a ser uma greve geral. Na sexta-feira a greve continua. Os serviços em todo Brasil estão suspensos. Em Mato Grosso a categoria distribuiu trezentos litros de leite junto com panfletos com as reivindicações da categoria, num ato para tentar chamar a atenção da sociedade sobre a importância dos trabalhos feitos pelos fiscais do Ministério da Agricultura.

– O objetivo nosso com essa doação de leite é de mostrar para a população que por trás de um leite de qualidade, existe o trabalho de um fiscal agropecuário, e mostrar também que o motivo do nosso protesto é em virtude de algumas indicaçõs políticas em cargos extremamente técnicos dentro do Ministério da Agricultura e os cortes orçamentários por parte do governo federal – afirma a fiscal Leni Rosa Filho.

Além da entrega de leite, os fiscais federais responsáveis pela certificação das carnes que saem dos frigoríficos cruzaram os braços. Sem o selo do SIF, o Serviço de Inspeção Federal, nenhum quilo de carne pode sair das câmaras frigoríficas para o comércio.

– Até agora o governo não disse nada. Por isso tomamos como medida paralisar as inspeções de abate – diz Nilo Silva do Nascimento, delegado nacional do Sindicado dos Fiscais Agropecuários de Mato Grosso.

Se o governo não se pronunciar, os fiscais prometem ir além. Eles ameaçam paralisar as atividades de inspeção dos abates, o que poderia paralisar toda a atividade dos frigoríficos. Por dia, 17 mil cabeças deixariam de ser abatidas no Estado. Para Jovelino Borges, secretário executivo do Sindicado das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso, os prejuízos que as empresas terão se não houver certificação da carne podem ser milionários.

Apoio de fiscais estaduais


A Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro) divulgou nota de apoio ao movimento dos fiscais federais, reiterando que "decidiram não assumir, em hipótese alguma, as atividades dos fiscais federais agropecuários, pois entendem que há a quebra do Pacto Federativo, dos princípios básicos da ocupação de cargos públicos através de concurso público, da eficiência, da legalidade e do cerceamento da liberdade constitucional do exercício de greve, assegurado a todo trabalhador".

Sertão Nordestino está sem chuvas há pelo menos cem dias


Situação deve continuar assim por mais 40 dias

Sem chuvas há 150 dias, o oeste da Bahia e sul do Piauí e Maranhão são as áreas mais secas do Brasil no momento. Em todo sertão nordestino não cai uma gota de água há pelo menos 100 dias. Além disso, as temperaturas estão muito altas. A quinta, dia 28, foi o dia mais quente do ano em Picos (PI), com máxima de 39,9°C e umidade do ar de 10%. O número de focos de calor quase triplicou no Nordeste nos últimos 30 dias, já que em julho foram registrados cerca de 350 queimadas e até agora, agosto está com 850 focos na região. O ano de 2012, porém, foi ainda mais complicado em relação ao tempo seco. No Nordeste, o número de queimadas em agosto do ano passado passou de três mil focos. O final da semana ainda será de tempo seco em boa parte da região. A umidade do ar ainda fica abaixo dos 20% no interior nordestino. Ocorrem pancadas de chuva somente entre o sul da Bahia e o Rio Grande do Norte. A previsão da Somar Meteorologia aponta que o sertão nordestino ainda terá pelo menos mais 40 dias de tempo seco. Em setembro a chuva só ficará acima da média na divisa da Bahia com Minas Gerias. Em outubro, novamente há previsão de chuva abaixo do normal para a maior parte da região. No oeste da Bahia e sul do Maranhão e do Piauí, apesar da expectativa de algumas chuvas fora de época, as precipitações frequentes devem se consolidar somente em novembro.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Chuvas devem se consolidar apenas em novembro no Nordeste

A previsão do tempo indica chuvas na média e abaixo da média para agosto, setembro e outubro no Nordeste. Apenas em novembro a chuva se consolida na região.

De acordo com o meteorologista da Somar Celso Oliveira, agosto deve terminar com chuvas acima da média apenas no litoral Sul da Bahia. Aliás, mais para o final do mês uma frente fria mais intensa vai organizar a umidade da Amazônia e provocar chuva forte, fora de época, no interior da Bahia e no centro e sul do Piauí e do Maranhão.

Em setembro, novamente há previsão de chuva entre a média e abaixo da média no Nordeste, com exceção da divisa da Bahia com Minas Gerais, onde uma frente fria vai provocar chuva forte na primeira quinzena do mês.

Em outubro, novamente, há previsão de pouca chuva na maior parte da região. Apenas entre o leste do Maranhão e o interior do Ceará espera-se precipitação fora de época e acima do normal.


– Somente em novembro a chuva se consolida e deve ficar acima da média na Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão – diz o meteorologista Celso Oliveira.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Gavião e municípios vizinhos vêm sofrendo com o ataque de Cochonilha nas plantações da Palma



A cochonilha do Carmim, Dactylopius opuntiae, é um inseto que se alimenta da seiva das plantas e além de sugar a planta, a cochonilha também pode introduzir vírus ou toxinas que deixam à planta amarela e murcha podendo destruir a palma forrageira dentro de poucos meses se não for combatida rapidamente.
O problema é geral no município, para amenizar o problema os produtores tentam combater a praga aplicando mistura de detergente com água sanitária e água pura. Aplicando de 8 em 8 dias. Produtores rurais relatam que aplicar urina de bovino sobre as regiões afetadas, ameniza o efeito da praga.

Recentemente a empresa Milenia Agropecuária lançou na Paraíba o inseticida Galil SC, produto sistêmico de ação tanto por contato como por ingestão. Na palma forrageira deve ser aplicado no inicio do aparecimento das primeiras ninfas da cochonilha. Realizar duas aplicações com intervalo de 15 dias, seguindo os requisitos mínimos de manipulação de produto químico, com uso de EPI (equipamento de proteção individual). Tem para venda em Juazeiro e Petrolina este produto na CENTRAL DE ADUBOS Tel: 74 9948 4858.

Palma Forrageira
Apelidada de “Ouro Verde”, a palma forrageira é hoje uma das principais alternativas para o setor agropecuário da região semiárida brasileira. A cactácea é a base alimentar para a produção da pecuária, sendo largamente utilizada tanto para a manutenção dos rebanhos bem como na produção leiteira.

Sua utilização cresceu significativamente nos últimos seis anos, especialmente após a introdução da nova metodologia de cultivo adensado pelo Sistema FAEPA/SENAR-PB, que trabalhou na capacitação dos produtores e trabalhadores rurais, utilizando unidades demonstrativas com produtividade de 10 a 12 vezes maior que o sistema tradicional. Mas foi após o VI Congresso Internacional de Palma e Cochonilha, realizado em João Pessoa, que a cultura ganhou visibilidade.

Nos anos seguintes, o cultivo da palma ganhou força e o número de campos cresceu visivelmente. Porém, juntamente com este crescimento, surgiu também uma ameaça: a Cochonilha do Carmim. Pequeno inseto, que mede de 2 a 5 milímetros, se alimenta da seiva dos cactos e que já destruiu mais de 50% da área plantada na Paraíba e outros estados do Nordeste, forçando diversos produtores a vender seus rebanhos e utilizar produtos não registrados numa tentativa desesperada de salvar seus campos.

O Combate da praga se da através de inseticida próprio para cochonilhas. Aplicado em intervalos de 15 dias, deve-se utilizar EPI para evitar prejuízos à saúde do aplicador. Após verificar o desaparecimento dos insetos fazer vistoria de rotina de 8 em 8 dias para identificar se há novos focos. Depois que a infestação for controlada é importante que o produtor trabalhe de forma preventiva. Antecipando o controle logo quando se verificar, em vistoria de rotina, focos da praga na palma, fazendo assim o controle antecipado da ploriferação dos insetos.

Para formação de novas áreas é importante observar se as mudas são de boa procedência e idôneas da praga, fazendo antes do plantio o mergulho das mudas em óleo vegetal juntamente com o inseticida.


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