quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Barragem de São Jose do Jacuípe, ainda é pouco explorada pela agricultura local

 São José do Jacuípe é um município brasileiro do estado da Bahia.

Foi desmembrado do Município de Capim Grosso, sendo sua data de emancipação 13 de Junho de 1989. Está situado a 286 km de Salvador, e sua área é de 369,23 km².

Abriga em seu território a Barragem de São José do Jacuípe a qual poderia dar um grande impulso ao desenvolvimento da agro-pecuária do município. No entanto, esse importante recurso hídrico ainda não foi devidamente explorado.

São José do Jacuípe está situado na região do semi-árido do estado da Bahia em uma área muito castigada pela estiagem, entre os municípios de Capim Grosso e Várzea da Roça.



A economia do município está baseada na agricultura e na pecuária de subsistência (apoiadas pelo Agroamigo e Banco do Nordeste) , com pequena atividade industrial e comercial, notadamente na área de serviços.

O distrito de Vaca brava tem crescimento do setor agropecuário de bovinos e plantio de mandioca.

A região de umburaninha (poço), tem expressão na bovinocultura leite.

O distrito de Itatiaia é o mais expressivo dos distritos do município  comportando um comercio crescente, alem de uma feira local de bastante fluxo de negócios.

A cultura do sisal é também muito importante para a economia local, sendo cultivado mais na região do povoado de Santa Maria. Devido à dificuldade em desenvolver outras culturas, notadamente em razão das características climáticas do semi-árido, onde pode ocorrer grandes períodos de estiagem, o que inviabiliza outras lavouras menos resistentes e impossibilita um investimento mais expressivo na pecuária.

A cultura do sisal, que gera vários empregos, inclusive utilizando mão-de-obra infantil, como tem sido amplamente noticiado pela imprensa, tem também seu lado perverso: o grande número de mutilados pelo motor que faz a extração da fibra. Muitos dos mutilados não são assistidos pela previdência social, em razão de não possuírem registro em carteira, o que faz com que não tenham direito a aposentadoria ou indenização por acidente do trabalho ou por invalidez decorrente do acidente, tornando essas pessoas dependentes da família, e abandonadas pelo Estado.

Atualmente o município conta projetos públicos do governo federal para amenizar os efeitos da estiagem, que  dura três anos no município  a exemplo temos o Agroamigo do Banco do Nordeste em parceria do MDA, tem o Mais água que constrói cisternas de capitação de água das chuvas, barreiros e instalação de bomba Bap, alem do garantia safra e milho a preços baixos fornecidos pela CONAB.

Os produtores rurais são assistidos por assistência técnica rural da EBDA, que promove ações em beneficio dos produtores.

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Contratação de crédito no Programa ABC cresce 700% no último ano-safra

Segundo o Observatório ABC, o alcance do programa ainda é baixo; grande parte dos municípios com pastagens degradadas, por exemplo, não captou nenhum recurso.

Recuperação de pastagens degradadas concentrou 80,32% dos empréstimos feitos no ano-safra 2012/2013.

O Programa ABC, instrumento pelo qual os agricultores brasileiros podem tomar crédito para as ações previstas no Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), passou de R$ 2 bilhões em recursos, no ano-safra 2010/2011, para R$ 4,5 bilhões, em 2013/2014. Até maio deste ano, foram utilizados R$ 2,7 bilhões. O Banco do Brasil é o grande agente financiador das práticas proporcionadas pelo programa, contabilizando 87,9% dos recursos do total contratado na safra 2012/2013 (até maio deste ano), enquanto apenas 12,1% foram provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O estudo produzido pelo Observatório ABC mostra que o alcance do programa, em geral, ainda é baixo. Um exemplo é a recuperação de pastagens degradadas, principal linha de crédito do programa, que concentrou 80,32% dos empréstimos feitos no ano-safra 2012/2013. Considerando o total de pastagens degradadas no país, em média, foram alocados R$ 2,72 por hectare de pastagem degradada na safra 2011/2012 e R$ 5,25 por hectare de pastagem degradada na safra 2012/2013 no Brasil. No entanto, o valor mínimo necessário, em média, seria de R$ 300,00 por hectare, segundo cálculos da Embrapa.

De acordo com o coordenador do estudo, Mario Monzoni, tanto em 2011/2012 quanto em 2012/2013, apenas seis municípios do país com pastagens degradadas captaram recursos do programa em volume compatível com o necessário para promover uma total recuperação. São eles: Fortaleza de Minas (MG), Onça de Pitangui (MG), Rio Sono (TO), Brasilândia do Tocantins (TO), São Joaquim (SC), Pirassununga-SP (safra 2011/2012) e Baião-PA, Ribeiro Gonçalves-PI, Urupema-SC, Uruçuí-PI e, novamente Pirassununga e São Joaquim (safra 2012/2013).

O quadro de distribuição dos recursos do Programa ABC para os anos-safra 2011/2012 e 2012/2013 mostra que grande parte deles não foi alocada em áreas prioritárias para a recuperação de pastos, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Ao contrário, a distribuição ainda é muito concentrada em poucas regiões, principalmente no Centro-Sul do país. Grande parte dos municípios com pastagens degradadas, principais alvos do programa, não captou nenhum recurso do ABC.

Por isso, o coordenador do Centro de Agronegócio (GVAgro), ex-ministro Roberto Rodrigues, diz que é necessário avaliar qual tem sido a efetividade deste programa. Este foi um dos focos do estudo "Agricultura de Baixa Emissão de Carbono: Financiando a Transição", terceiro produzido este ano pelo Observatório ABC, iniciativa do GVAgro da FGV de São Paulo. O estudo foi coordenado pelo professor Mario Monzoni, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP (GVces).

Roberto Rodrigues, no entanto, ressalta que o programa ABC foi plenamente incorporado ao crédito agropecuário brasileiro.

– Os recursos disponibilizados à agricultura de baixa emissão de carbono crescem a cada ano, evidenciando esforços das instituições responsáveis pela distribuição dos recursos e de entidades preocupadas com o treinamento e engajamento de técnicos e agricultores com o plano – destaca.

O estudo constata também que o BNDES ainda não conseguiu aumentar o financiamento provido pelo Programa ABC, apesar da sua potencial capilaridade. Isso ocorre, parcialmente, devido aos entraves operacionais, como por exemplo, as exigências decorrentes da legislação ambiental federal. Isso pode explicar a diferença no resultado dos dois bancos: entre julho de 2012 e fevereiro de 2013, 878 municípios captaram recursos do Programa ABC via BB e apenas cinco captaram via BNDES.

Por outro lado, o Banco do Brasil tem se esforçado para fazer deslanchar o programa usando recursos próprios, provenientes da Poupança Rural. Isso tem permitido executar financiamentos além da sua programação – R$ 905,5 milhões a mais somente na safra 2012/13. O avanço do BB no desembolso do ABC deveu-se, principalmente, a iniciativas como a capacitação dos agentes financeiros (em parceria com a CNA), com o apoio de cartilha que os orienta, e posterior treinamento dos principais atores envolvidos no processo de tomada do crédito (agentes financeiros, cooperativas etc.), em cada Estado, por técnicos do BB.

Distribuição dos recursos

Dois Estados são exemplos distintos da distribuição de recursos do programa: Minas Gerais e Pará. Minas, que tem o seu Plano ABC consolidado e publicado, é o principal tomador do crédito para recuperação de pastagens e florestas plantadas e o segundo para tratamento de dejetos, e está sempre em posição de destaque nas demais técnicas do programa. Enquanto o Pará, campeão de emissões de CO2 por desmatamento e dono de uma das maiores áreas com pastagens degradadas no país, teve, na safra 2011/2012, um baixo desembolso do Programa ABC para as práticas agropecuárias, chegando a apenas R$ 30,7 milhões (2,53% do total) e, na safra 2012/13, a pouco mais de R$ 52 milhões (1,9% do total) até maio de 2013.

O sistema de plantio direto, outra ação importante do ABC, ainda não decolou na principal fronteira agrícola do país, o chamado Mapitoba (que abrange partes dos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia). Segundo informação do BB, a safra 2011/2012 teve 220 contratos do programa para essa linha, sendo apenas um no Tocantins; três no Piauí; e oito no Maranhão.

A Bahia, com 14 contratos, ficou ainda muito abaixo do primeiro colocado, o Estado de São Paulo, com 59 contratos. O desempenho fraco repetiu-se em 2012/2013, com o Mapitoba respondendo por apenas 23% do total desembolsado no país para plantio direto – com a Bahia respondendo, sozinha, por 16% do total nacional.

Plano ABC

O Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura – Plano ABC – tem por finalidade a organização e o planejamento das ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis, selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos de redução de emissão de GEE no setor agropecuário assumidos pelo país.

Ele é composto por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação: recuperação de pastagens degradadas; integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); florestas plantadas; tratamento de dejetos animais; e adaptação às mudanças climáticas.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Plano ABC tem período de vigência de 2010 a 2020, sendo previstas revisões e atualizações em períodos regulares não superiores há dois anos, para readequá-lo às demandas da sociedade, às novas tecnologias e incorporar novas ações e metas, caso se faça necessário.


Para o alcance dos objetivos traçados pelo Plano ABC, no período compreendido entre 2011 e 2020, estima-se que serão necessários recursos da ordem de R$ 197 bilhões, financiados com fontes orçamentárias ou por meio de linhas de crédito.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Governo diz que Nordeste pode se transformar no maior exportador de bois vivos

Ministério da Agricultura busca reconhecimento internacional da região como livre de aftosa, o que poderá permitir comércio de animais para outros países


A conquista do status de livre aftosa com vacinação pode tonar a região Nordeste a maior exportadora de gado vivo para abate nos países de destino. A previsão é do diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, que aposta no potencial da região para explorar o novo nicho de mercado e ultrapassar o Pará, que responde por mais de 90% das vendas externas de animais vivos.

Marques afirmou que há duas semanas o Ministério da Agricultura deu mais um passo para o reconhecimento internacional da região Nordeste como livre de aftosa com vacinação ao encaminhar um relatório para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O diretor acredita que o reconhecimento internacional permitirá a venda de animais vivos, tanto para abate imediato quanto para engorda e reprodução, para mercados como Venezuela, Egito, Líbano e Turquia. Uma das vantagens da região é a possibilidade de embarques por via marítima para esses países com redução dos gastos com frete.

Marques disse que o governo tem condições de aprovar novos estabelecimentos para embarque de animais vivos, pois existe uma legislação que estabelece as diretrizes a serem cumpridas. Ele salienta que os animais ficam em situação de quarentena nestes estabelecimentos, onde é realizada uma bateria de exames conforme a exigência do importador. Após o período de quarentena, será permitido o embarque.


Segundo Marques, o tema é tratado como uma das prioridades do governo federal, com o intuito de desenvolver a economia pecuária na região Nordeste. Em entrevista, o diretor fala sobre os passos que levaram a essa conquista, as perspectivas a partir do novo status sanitário e a possibilidade de abertura de mercados externos.

Crédito rural liberado entre julho e setembro atingiu R$ 43,9 bilhões

Montante representa 27,8% dos R$ 158 bilhões programados pelo governo para financiar a agricultura empresarial e familiar na safra atual

As liberações dos recursos oficiais do crédito rural de julho a setembro deste ano, nos três primeiros meses da safra 2013/2014, atingiram R$ 43,9 bilhões, valor 40,6% superior aos R$ 31,2 bilhões liberados pelos agentes financeiros no mesmo período do ano passado. O montante representa 27,8% dos R$ 158 bilhões programados pelo governo para financiar a agricultura empresarial e familiar na safra atual. Os dados foram divulgados nesta quinta, dia 24, pelo Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura
De acordo com o levantamento, o crédito para a agricultura empresarial de julho a setembro cresceu 42,9% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 38,6 bilhões. As liberações correspondem a 28,4% do montante de R$ 136 bilhões previstos para esta safra. O desempenho ficou 5,11 pontos porcentuais acima do registrado entre julho a setembro de 2012. No caso da agricultura familiar, os financiamentos cresceram 20,4% para R$ 5,3 bilhões, que correspondem a 20,4% dos recursos programados (R$ 22 bilhões).

O total de crédito rural, de julho a setembro, para financiar o custeio e a comercialização da agricultura empresarial cresceu 39,2% em relação ao ano passado e alcançou R$ 30,2 bilhões. As contratações de crédito de custeio e comercialização com taxas de juros controladas aumentaram 33,8% para R$ 25,2 bilhões, enquanto a juros livres houve crescimento de 74,7% para R$ 5 bilhões. O levantamento mostra que a aplicação dos recursos obrigatórios pelos bancos (exigibilidade sobre 34% dos depósitos à vista) recuou 2,3% nos três primeiros meses desta safra, para R$ 13,6 bilhões. Em contrapartida os recursos da poupança rural aumentaram 345,8% para R$ 6,4 bilhões.

No caso dos programas específicos, um dos destaques é a linha voltada ao financiamento da classe média rural (Pronamp), cujas liberações de julho a setembro cresceram 31,2% para R$ 2,9 bilhões. O Banco do Brasil é o principal agente do Pronamp, com total de R$ 2,3 bilhões até o mês passado, valor 29,9% acima dos três primeiros meses da safra 2012/13.

Café e cana

Os financiamentos concedidos por meio dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) somaram R$ 704,3 milhões de julho a setembro, valor 11,9% superior ao liberado em igual período do ano passado. O montante já contratado do Funcafé corresponde a 22,1% dos recursos programados para esta safra (R$ 3,1 bilhões). Em igual período do ano passado, as contratações correspondiam a 30% dos R$ 2,1 bilhões 
programados para a safra 2012/13. Vale lembrar que neste ano houve demora na definição da programação de recursos do Funcafé, provocada pelo atraso na aprovação do Orçamento da União.

Outro programa que registra boa demanda nesta safra é o destinado ao financiamento da estocagem de etanol combustível (juros de 7,7% ao ano), com liberação de R$ 881,9 milhões nos primeiros três meses da safra atual, valor bem acima dos R$ 55,8 milhões liberados em igual período do ano passado. O governo manteve a programação de total de recursos para estocagem de etanol em R$ 2 bilhões.

Os financiamentos para investimento de julho a setembro atingiram R$ 8,38 bilhões, valor 64,2% superior aos R$ 5,1 bilhões liberados em igual período do ano passado. As contrações das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceram 33%, para R$ 4,2 bilhões, enquanto nas demais fontes houve aumento 115,6% para R$ 4,1 bilhões.


Nas linhas de investimento, o destaque negativo é o programa de agricultura de baixo carbono, cujas liberações nesta safra (julho a setembro) recuaram 12% para R$ 528,3 milhões. O destaque positivo no crédito para investimento ficou para o Pronamp (juros de 4,5% ao ano), com aumento de 99,3% nas liberações, para R$ 832,8 milhões, dos quais R$ 660,6 milhões foram autorizados pelo Banco do Brasil.

Especialistas mostram como é realizado o processo de medição de terras

Brasil unificou a medida do hectare e foi preciso aprender a fazer a equivalência entre a antiga e a atual

Antigamente, as escrituras descreviam o tamanho de uma propriedade como litros de terra. Porém, muitas pessoas também conhecem como alqueires, hectares ou ares. A equipe de reportagem foi tentar descobrir o porquê dessas diferenças e como é possível facilitar a comunicação no campo.
Em um escritório de advocacia no município de Uberaba, no Triângulo Mineiro, uma propriedade está registrada como “área com 340 alqueires e 69 litros de campos e 67 alqueires e 10 litros de cultura”.

O topógrafo Júlio César Teixeira explica que um litro de terra são 605 metros quadrados. O Advogado Ricardo Loes conta que um alqueire equivale a 80 litros se for mineiro, ou alqueirão, também adotado em Estados como Goiás e Rio de Janeiro. Se for o alqueire paulista, cai pela metade: 40 litros. O alqueirinho, como também é chamado, é usado em Mato Grosso do Sul e em partes da região Norte do país.

Para descomplicar a vida de topógrafos e também de profissionais, como o advogado Loes, que lida diariamente com a documentação de terras, de uns tempos pra cá, o Brasil adotou o hectare.

– O hectare é uma medida baseada no sistema internacional de medidas que é usada pela maioria dos países – destaca Loes.


O Brasil unificou a medida, e foi preciso aprender a fazer a equivalência entre a antiga e a atual. Para facilitar, alqueire corresponde a uma quantidade maior de terra que o hectare.

1 Alqueire possui 80 L ou 4,84 ha (Alqueirão em Goias e Rio de Janeiro)

Alqueire Paulista = 40 L ou 2,3 ha

Alqueirinho (Mato Grosso do Sul e em partes da região norte)

1 alqueire mineiro = 4,84 hectares e oitenta e quatro ares.

1 alqueire mineiro = 80 L x 605 m quadrado x 80 = 4,84 ha

O alqueire paulista equivale a 2,3 hectares muito utilizado na região nordeste.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Agricultura aprova uso de financiamento público para compra de terra de parente

Regra valerá para herdeiro de imóvel rural que quiser apoio do Banco da Terra para adquirir parcelas da propriedade que pertençam a outros beneficiários da partilha

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou, na quarta, dia 16, proposta que permite a agricultores familiares usarem financiamento público rural para comprar terras de parentes em caso de herança. A comissão decidiu acolher na íntegra o substitutivo do Senado para o Projeto de Lei Complementar 362/06, do Executivo.

O texto possibilita que um dos beneficiários de imóvel rural objeto de partilha se candidate aos financiamentos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária – Banco da Terra para adquirir partes de terras de outros beneficiários. Pelas atuais regras do Banco da Terra (Lei Complementar 93/98), os herdeiros de uma propriedade são impedidos de obter financiamento com recursos desse fundo.

O deputado Beto Faro (PT-PA), relator na comissão, defendeu o substitutivo do Senado e ressaltou que o texto amplia o alcance da proposta aprovada pela Câmara. Para Faro, a nova redação evita uma possível interpretação de que somente teriam acesso ao financiamento os imóveis já beneficiados pelo Banco da Terra, pois o texto da Câmara estabelecia que a operação só seria permitida nos casos dos direitos de partilha relativos a imóvel financiado pelo regime da Lei Complementar 93/98.

– Há um indiscutível bônus social na iniciativa do governo quando propõe que o Banco da Terra passe a financiar, também, a aquisição da fração ideal da terra por algum herdeiro, nas situações em que outro ou outros por alguma razão não pretendam permanecer na atividade agrícola após a morte do titular do imóvel. A agricultura familiar tende a ser a principal beneficiária da medida – disse o relator.

Prazo estendido

O substitutivo aprovado pelo Senado também aumentou, de 20 anos para 35 anos, o prazo de amortização dos contratos de financiamento com recursos do Banco da Terra, com possibilidade de ampliação, de 36 meses para 60 meses, do prazo de carência, “quando a atividade econômica e o prazo de maturidade do empreendimento assim exigir”. O texto também institui a aplicação obrigatória de seguro que garanta a liquidação da dívida em caso de invalidez ou morte de um dos titulares do contrato.

O Banco da Terra concede financiamentos com juros limitados a 12% ao ano, mas pode haver redutores de até 50% sobre as parcelas da amortização do principal e sobre os encargos financeiros durante todo o prazo de vigência da operação.

Tramitação

O substitutivo ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Você sabe quais leis regulam o trabalho rural?

O cumprimento das leis trabalhistas é fundamental para atender o quesito desenvolvimento social no tripé da sustentabilidade

O trabalhador rural é regulado pela Lei 5.889/1973, alterada pela Lei 11.718/2008, pelo Decreto 73.626/1974 e peloArtigo 7º da Constrituição Federal de 1988.
Empregado rural é qualquer pessoa que trabalha na zona rural?
Não. O empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual ao empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Já quem presta serviços de natureza contínua em chácara ou sítio de lazer ou recreação (propriedade rural sem fins lucrativos) é considerado um empregado doméstico e não rural.
Quais são as obrigações básicas do empregador para com os seus funcionários?
Se o contrato for por tempo indeterminado, o fazendeiro deve pagar férias, abono de férias, FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), 13º salário, salário-família, horas extras e adicional noturno. Se o contrato for temporário, de safrista, o empregado tem direito a férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, FGTS, salário-família, horas extras e adicional noturno.
Neste caso, o safrista tem um contrato de prazo determinado, que não pode ser prorrogado. Pode ser celebrado um novo contrato, mas a sucessão só pode acontecer uma única vez, sem intervalo de tempo. A jornada de trabalho é de 44 horas semanais e 220 horas mensais (oito horas diárias).
Na lavoura, trabalho noturno é executado entre 21h e 5h. Na pecuária, o horário é das 20h às 4h. O adicional pago é de 25% sobre a remuneração normal da hora diurna.


Existem regras para comprar e transportar agroquímicos?

Produtos defensivos só podem ser transportados legalmente se seguirem regras

Sim. A regra número 1 é saber o que precisa ser comprado e isso deve ser feito após o diagnóstico de um engenheiro agrônomo. Ele dirá quais produtos devem ser aplicados (e a quantidade certa para não faltar nem sobrar) para cada problema da lavoura, de acordo com características locais.

Após a aquisição, exija a nota fiscal, que deve ser guardada, e certifique-se que ela indica onde devolver as embalagens após o uso. Não aceite embalagens danificadas e na hora da compra, também certifique-se que os produtos estão dentro do prazo de validade. Na hora de manusear o agrotóxico, use o Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Para transportar agrotóxicos, é preciso seguir regras, de acordo com a legislação. Caso contrário, multas podem ser aplicadas. Siga a recomendação da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef):

1 - O veículo de transporte deve estar em perfeitas condições (pneus, freios, luzes, amortecedores, extintores)

2- Nunca transporte embalagens danificadas ou com vazamentos, mesmo que pequenos.

3 - É proibido o transporte de agrotóxicos dentro da cabine do veículo e em carrocerias que estejam transportando pessoas, animais, alimentos, rações ou medicamentos.

4- O transporte deve ser feito sempre com a nota fiscal.


5- Quando o produto for classificado como perigoso, o comprador receberá uma ficha de emergência com tarja vermelha. Neste caso, a nota fiscal deve ter informações como número da ONU, nome próprio para o embarque, componentes de risco, classe e subclasse de risco, risco subsidiário (se existir), além do grupo de embalagem.

sábado, 5 de outubro de 2013

Congresso debate situação de jovens das Escolas Famílias Agrícolas

O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini, participa, nesta terça-feira (17), do IV Congresso Nacional e XI Assembleia Geral da União das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil (Unefab). No encontro, o secretário vai tratar das implicações da sobrevivência do campesinato e sua relação com o projeto de desenvolvimento nacional, bem como suas contradições e desafios.
O congresso aborda a temática Pedagogia da Alternância, Educação do Campo e Políticas Públicas: Diversidade, Princípios, Panorama e Desafios da Ação das Escolas Famílias Agrícolas na Formação Integral e Profissional dos Jovens Rurais. “Damos todo esse apoio às Escolas Família Rurais (EFAs), que utilizam uma pedagogia de alternância e que fazem um trabalho importante de contribuição à formação desses jovens agricultores”, ressalta o secretário.

Juventude rural
De acordo com Bianchini, o tema juventude rural é uma das prioridades do Governo Federal, já que se discute o futuro da agricultura familiar. “Vamos tratar de aspectos que envolvem opções a esses jovens de permanência no campo e da própria sucessão familiar em nível das propriedades. Nós temos, no ministério, um conjunto de políticas para apoiar a juventude rural, que vai desde a questão de facilitar o acesso à terra por meio da reforma agrária e do crédito fundiário, além de linhas de crédito como o Pronaf Jovem; e o programa de Assistência Técnica”, explica.

A assessora especial para a Juventude do MDA, Ana Carolina Silva, participou da abertura do congresso, que termina nesta sexta-feira (20), e ainda vai elaborar um Plano de Ação da Unefab. O encontro também vai abordar as temáticas: Retrato da realidade das EFAs; Campo e Educação no Campo; Campo e Povos do Campo; Pedagogia da Alternância e a Educação do Campo, entre outros.

ESCOLA AGRÍCOLA EM JACOBINA ESTÁ EM ESTADO DE TOTAL ABANDONO


Hoje em dia, os vereadores fazem a ponte entre a população e o prefeito, além de fiscalizar o trabalho do Executivo.

Responsável pela elaboração das leis municipais cabe ao vereador, mostrar os problemas da comunidade, o vereador Tiago Dias esteve fiscalizando a Escola Agrícola do Município de Jacobina e pode constatar um verdadeiro abandono: Máquinas abandonadas, carteiras quebradas jogadas a céu aberto, maquinários que poderiam ser usado para recuperar estradas abandonados, o mato tomando conta de um dos maiores patrimônio de formação agrícola da região de Jacobina, que foi concretizado  como objetivo capacitar e fortalecer ao homem do campo.

É importante frisar nesta matéria que a Escola Agrícola de Jacobina foi realizada na gestão do saudoso Dr. Carlito quando era prefeito.

Fotos que chocam, animais doentes morrendo e feridos precisando de cuidados como mostra as fotos.





“Estive visitando o espaço onde funcionava a Escola Agrícola de Jacobina e esta se transformou em depósito, quando deveria ser um Centro de Capacitação para Agricultores, ou seja, qualificar pessoas para atuarem em nosso município e desta forma contribuírem com desenvolvimento de nossa cidade incluindo a tarefa de cuidar de animais, no entanto os animais que encontramos lá estão morrendo a míngua.”
“Em nosso município onde há uma lacuna no tocante a agricultura familiar, a inexistência de técnicos agrícolas para auxiliar o pequeno agricultor, já que “os grandes” aqueles que possuem o conhecimento e condição financeira são os que têm acesso a estes.” Afirmou Tiago Dias
O vereador é o fiscal do dinheiro público. Vereador consciente contribui efetivamente para o desenvolvimento humano do seu município, ajudando o povo a pensar e se organizar.




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